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Audiência pública aponta caminhos para problemas de enchente
Por: 16 de Fevereiro de 2012 em: Notícias

Desassoreamento de rios, construção de barragens, recuperação de voçorocas e promoção das mesmas melhorias nas cidades ao redor. Essas foram algumas das medidas sugeridas na audiência pública realizada na Câmara Municipal de Itabirito, na quarta-feira, 15 de fevereiro. A reunião, promovida pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas, discutiu soluções para que as tragédias do começo deste ano não se repitam.

O pedido para a reunião foi do deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT). O parlamentar disse que, no ano passado, pediu que fosse feita a limpeza das margens do rio Itabirito. “Mas a solicitação não foi atendida. Vieram os meses de dezembro e janeiro e aconteceram as inundações”, criticou. O prefeito da cidade, Manoel da Mota, afirmou que já obteve o licenciamento ambiental para fazer o desassoreamento do rio. Alencar da Silveira, porém, questionou o porquê desse licenciamento só ter sido dado agora, após as tragédias ocorridas. Durante a reunião, o deputado cobrou medidas do governo de Minas para minimizar os danos causados pelas chuvas aos moradores e comerciantes. “Temos que buscar benefícios fiscais para esses empresários e recursos para reconstrução das casas danificadas”, disse.

Segundo o 1º-Secretário da Câmara Municipal de Itabirito, vereador Ilacy Simões, além de realizar o desassoreamento do rio da cidade, é necessário exigir que novas casas que sejam construídas no município façam captação da água da chuva. Dessa forma, cada residência teria seus próprios reservatórios. Para ele, “outra medida urgente é não asfaltar mais a cidade, possibilitando que a água infiltre no solo”.

O ex-vereador e ex-secretário de Meio Ambiente de Itabirito, Vitto Rocco, criticou a falta de obras de prevenção a alagamentos na cidade. Vitto não concorda com o pedido de desassoreamento do rio da cidade feito por convidados da reunião. Para ele, isso seria apenas uma “medida paliativa”, que não resolveria o problema. Em sua opinião, construir barraginhas na Bacia do Alto Rio das Velhas, para conter a água da chuva, seria uma das principais medidas a serem tomadas. “Além disso, temos que rebaixar o leito do rio do município, promover seu reflorestamento e recuperar as voçorocas”, afirmou.

Recursos

O Ministério da Integração Nacional autorizou, em seis de fevereiro, a liberação de recursos para cidades de Minas atingidas pela chuva. Itabirito recebeu R$ 100 mil para cobrir os estragos na cidade. Entre as medidas que já foram tomadas, estão a limpeza de ruas e de casas alagadas, além da doação de cestas básicas entre a população atingida.
O subsecretário executivo estadual da Defesa Civil, Edilan Arruda, anunciou que há a previsão de que Itabirito receba cerca de R$ 7 milhões. Os recursos seriam disponibilizados a partir do envio, por parte da prefeitura, de documentos de avaliação de danos ao Governo Federal. “O plano de trabalho a ser entregue por Itabirito, no entanto, precisará ainda ser aprovado para haver a liberação da verba”, destacou.

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