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Camelôs cobram ação da prefeitura dentro dos shoppings populares
Por: 01 de Setembro de 2005 em: Notícias

Um ano depois da criação dos shopinngs populares, os camelôs de Belo Horizonte denunciam o descaso com que estão sendo tratados pela Prefeitura e reclamam do aluguel que têm que pagar para manterem suas bancas funcionando. Considerados abusivos e ilegais pelos camelôs, os preços dos aluguéis variam de R$ 150 a R$ 300, além do condomínio que chega a R$ 100.

 

A denúncia foi feita ao presidente da Comissão do Trabalho e da Previdência e da Ação Social, deputado Alencar da Silveira Jr., que apresentou requerimento agendando uma audiência púlbica para discutir o assunto. De acordo com o presidente da Associação Geral dos Empreendedores Populares (Agepops), Djalma Pereira, o aluguel cobrado pelos donos dos shoppings está inviabilizando a atividade. “Muitos colegas estão tendo que “tourear” nas ruas para sustentar as famílias e, muitas vezes, parte desse dinheiro paga o aluguel dos shoppings, já que a venda de lá não dá para pagar”, denuncia.

 

Ainda segundo o presidente, que tem banca no shopping da Tupinambás, quando foi construído, o shopping tinha 767 camelôs e hoje, um ano e um mês depois, o número não passa de 250. Isto porque muitos não conseguiram pagar os aluguéis. “Quando a prefeitura nos tirou das ruas e levou para os shoppings, estava nos dando um presente de grego. Fomos sorteados para ganhar um boxe, mas temos que pagar caro por eles. Isto só beneficia os empresários que recebem dos dois lados, da prefeitura e dos camelôs”, diz.

 

Surpreso com o fato de terem que pagar aluguel, o deputado Alencar da Silveira Jr. disse que vai chamar todos os seguimentos envolvidos para discutir o assunto na Assembléia de Minas. “Vamos chamar a prefeitura, o Ministério Público, lojistas, camelôs e toureiros para resolvermos a questão. Os camelôs não podem ser tratados desse jeito”, diz. Além da audiência pública, o deputado solicitou uma visita da Comissão do Trabalho em todos os shoppings populares de Belo Horizonte e Região Metropolitana  a fim de conhecer melhor a realidade destes trabalhadores.

 

 

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