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Camelôs de BH acionam Procuradoria Regional do Trabalho
Por: 01 de Dezembro de 2005 em: Notícias

O deputado Alencar da Silveira Jr. e representantes dos camelôs dos shoppings populares de Belo Horizonte entregaram, nesta quinta-feira, 15 de dezembro, à Procuradoria Regional do Trabalho da 3º Região, documentos que comprovariam irregularidades dentro dos shoppings.  Dentre eles estão contratos de venda ilegal de boxes e recibos de aluguéis pagos pelos camelôs. Além disso, o deputado entregou notas taquigráficas da audiência pública na Assembléia Legislativa sobre o assunto, e um fita com imagens do interior dos shoppings populares feitas pela TV Assembléia.

 

Depois de receber toda documentação e ouvir as denúnicias feitas pelos camelôs, a Procuraradora-Chefe do Trabalho, Maria Helena da Silva Gutier, disse que vai marcar uma audiência com representantes da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e representantes dos camelôs e do Ministério Público Estadual, para tentar negociar uma solução para o problema. A procuradora disse também que   vai analisar a documentação e, se for o caso, apresentar denúnica ao Ministério Público.

 

Em setembro deste ano, o presidente da Associação Geral dos Empreendedores Populares (Agepops), Djalma Pereira, procurou o deputado Alencar da Silveira Jr, que é presidente da Comissão do Trabalho da Assembléia Legislativa, para denunciar cobranças abusivas de aluguéis dentro dos shoppings e vendas ilegais de boxes. Os aluguéis variam entre R$ 200,00 e R$ 300,00. Segundo o presidente, essa cobrança inviabiliza o trabalho dos camelôs.

 

Ainda de acordo com Djalma Pereira, que tem banca no shopping da Tupinambás, quando foi construído o shopping tinha 767 camelôs e hoje, um ano e dois meses depois, o número não passa de 250. Isto porque muitos não conseguiram pagar os aluguéis. “Quando a prefeitura nos tirou das ruas e levou para os shoppings, estava nos dando um presente de grego. Fomos sorteados para ganhar um boxe, mas temos que pagar caro por eles. Isto só beneficia os empresários que recebem dos dois lados, da prefeitura e dos camelôs”, diz. 

 

 

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