O deputado Alencar da Silveira Jr. apresentou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) um projeto de lei (PL) que obriga as empresas que oferecem cestas básicas aos seus funcionários a incluírem repelente de insetos nas cestas. Em Minas Gerais, como em diversos estados do Brasil, tem ocorrido um grande número de casos de dengue, zika vírus e febre chikungunya, todas transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.

Para o deputado Alencar, a adição dos repelentes na cesta básica vai ajudar na prevenção das doenças causadas pelo Aedes Aegypti, que podem trazer diversas complicações para saúde, como morte e problemas crônicos e neurológicos. “O repelente de inseto na cesta básica vai incentivar o uso desse método na luta contra dengue, zika e chinkungunya. Isso é ainda mais importante para as mulheres grávidas, já que a zika pode trazer complicações graves para os filhos que estão esperando”, afirmou Alencar.

Segundo o parlamentar, os empregadores também serão beneficiados pelos repelentes, já que as pessoas contaminadas por essas doenças são afastadas do trabalho, trazendo prejuízos para empresa. “É muito ruim para empresa quando um funcionário é afastado por doença. E, sem dúvida, os repelentes são uma forma de manter a saúde de seus empregados e evitar que eles sejam afastados por atestado médico”, lembrou o deputado.

Se a lei for aprovada, os empregadores terão o prazo de 30 dias para se adaptar, incluindo os repelentes de insetos nas cestas básicas.

Secretaria de Saúde divulga número das doenças

A Dengue já fez 150 vítimas confirmadas em Minas Gerais, entre janeiro e junho deste ano. Esse foi um dos dados divulgados por um boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES) no dia 21 de junho, um aumento de 12 % em relação a última divulgação, que constava 133 óbitos até o dia 14 de junho. Esses números podem subir ainda mais, já que 169 mortes são investigadas por suspeita da causa ser dengue.

A SES também divulgou o número de casos dessas doenças. São 512.382 casos prováveis de dengue em Minas. Já a zika tem 4.320 casos confirmados e 9.607 em investigação. Há 27 grávidas infectadas com zika e 604 casos sendo investigados. A chinkungunya tem números menores, com 94 casos confirmados e 719 em investigação.