Considerado o berço do off-road no Brasil, Minas Gerais carece de uma regulamentação adequada para a prática do esporte e impõe uma série de obstáculos para aqueles que gostariam de enfrentá-los apenas nas trilhas. A situação favorece a desorganização e inibe o crescimento do esporte que tem grande potencial para se firmar como uma importante fonte de lazer e renda para os municípios mineiros, como Itabirito, Ouro Preto e Mariana.

Entre os principais problemas enfrentados pelos praticantes do fora de estrada, estão as leis de proteção ambiental e as leis de circulação nas rodovias que dão acesso aos locais de trilha. Diversos veículos, motos, carros 4x4, veículos utilitários multitarefa (UTV) e as chamadas gaiolas estão sendo apreendidos por descumprirem algumas dessas regras.

O deputado Alencar da Silveira Jr., que sempre defendeu o esporte na Assembleia de Minas Gerais, intermediou duas reuniões entre os representantes do esporte e órgãos estatais. A primeira reunião foi com a diretoria do Detran-MG e a segunda com o Comando do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar de Belo Horizonte. Uma terceira reunião já está sendo agendada no Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER). 

Tanto no Detran, quanto no Batalhão de Trânsito, os agentes públicos se mostraram solidários à causa dos trilheiros e se comprometeram a construir, juntos, alternativas que facilitem a prática do esporte. Entre as sugestões discutidas estão o mapeamento e autorização para circulação nas trilhas, evitando locais de preservação permanente, além da autorização para circulação em trechos e horários específicos nas rodovias.

De acordo com o deputado Alencar da Silveira Jr., a predisposição do Detran e da PM em resolver o problema é indicativo da importância da atividade desse esporte no Estado. “Tenho certeza que vamos construir uma solução para adequar a legislação à prática esportiva off-road. Esse esporte é praticado em espaços reservados à mineração, sem qualquer exploração agropecuária, ou agrícola e não gera danos ao meio ambiente. O esporte ainda movimenta fortemente a economia, gerando empregos nos segmentos de vendas, de manutenção, de peças, de acessórios, de serviços, com enorme rede de lojas, oficinas, etc, e também de lazer, que projeta o nome do estado e das cidades onde é praticado, no cenário nacional”, disse Alencar da Silveira.