Notícias

Infraestrutura do Aeroporto de Confins é analisada em audiência
Por: Fernanda Grossi 28 de Outubro de 2010 em: Notícias

O alto preço dos produtos comercializados no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, assim como a deficiência na infraestrutura e a precariedade no atendimento aos passageiros foram alvos de criticas do deputado Alencar da Silveira Jr. em audiência pública realizada no dia 29 de outubro, na Assembléia legislativa de Minas Gerais. Promovida pela Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo, a audiência contou com a participação de órgãos e instituições envolvidas com o turismo e o transporte aeroportuário de Confins.


Para o presidente da Comissão, os principais problemas enfrentados são a má qualidade no  atendimento aos passageiros, as filas para realização de check-in, as altas taxas de embarque e a limitação de voos diretos de Belo Horizonte para outros pontos do país. "Não podemos esperar a Copa de 2014 para melhorar a situação do aeroporto. Temos que tentar resolver os problemas agora", comenta Alencar da Silveira.

O superintendente regional do Sudeste da Infraero, Mário Jorge Fernandes de Oliveira, informou que já está em curso o processo licitatório que dará início às reformas do Terminal 1 do aeroporto de Confins, que, segundo as previsões, começarão no primeiro semestre de 2011.Segundo ele, também está sendo desenvolvido um projeto para construção do Terminal 2, com o apoio do governo do Estado, além de outras ações que visam ao maior conforto dos usuários estarem sendo desenvolvidas, embora não sejam visíveis. "Já fizemos a ampliação da sala de embarque e do número de balcões para fazer o check-in, substituímos as esteiras do desembarque, aumentamos os canais de inspeção, bem como os números de ônibus para proporcionar maior mobilidade aos passageiros", disse.


Na opinião da secretária de Estado de Turismo (Setur) , Érica Campos Drumond, o Tancredo Neves será a única opção brasileira, para os próximos 10 anos, com condições de estabelecer uma conexão eficiente com o restante do mundo. Ela se diz otimista em relação aos esforços que tem sido feitos para o desenvolvimento do aeroporto e acredita que o debate desse tema é importante para a sociedade.


A Superintendente de Estrutura de Turismo da Setur, Simone Araújo pediu a apoio do Legislativo mineiro para aprovar o Projeto de Lei (PL) 4.413/10, do governador, que autoriza o Executivo a contratar operação de crédito com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), até o valor equivalente a US$ 18 milhões, para financiamento do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur/MG). Uma sugestão apontada por Simone para melhorar o atendimento das companhias aéreas foi a criação de um programa feito com estagiários que, além de desafogar os funcionários, ainda treina e prepara os futuros profissionais.

O Superintendente de Comércio Exterior da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Acácio Ferreira dos Santos, diz que outras cidades, como São Paulo, não oferecem as mesmas condições para implementar, em um pequeno prazo, ações de melhoria em seus aeroportos, como acontece na capital mineira.
Também da Sede, a coordenadora de Projetos do Plano Macro Estrutural do Vetor Norte da RMBH, Paula de Medeiros Andrade, destacou ainda que a Secretaria está em fase de estudos preliminares para implementar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como uma opção de ligar a Rodoviária de Belo Horizonte ao Aeroporto de Confins. O projeto, que possibilitará que o trajeto seja feito em 40 minutos, estaria operando entre 2015 e 2016.

O elevado preço dos produtos comercializados em Confins foi justificado pelo superintendente do Aeroporto Tancredo Neves, Silvério Gonçalves, pela  falta de concorrência. Segundo ele, os valores que são cobrados não são maiores do que os praticados em outros aeroportos do país. Na opinião de Acácio Ferreira, os comerciantes deveriam ser pressionados para que fosse estabelecido um preço limite, evitando, assim, a cobrança de valores exorbitantes.


A Secretária Érica Drumond salientou que o transporte aéreo atualmente é utilizado por todas as pessoas de todas as classes sociais e não mais por um seleto grupo e que os preços praticados pelos comerciantes dos aeroportos têm que acompanhar essa tendência.

Logar-se para comentar

Comentários

Nenhum comentário ainda.