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Deputados querem passar Justiça Militar a limpo
Por: 16 de Julho de 2013 em: Notícias

Em função das denúncias de altos salários no Tribunal de Justiça Militar feitas pelo deputado Sargento Rodrigues na Tribuna da Assembleia na semana passada, os deputados Alencar da Silveira Jr. e Célio Moreira protocolaram nesta terça-feira, 16, requerimento que pede a instalação de uma comissão especial para estudar a Justiça Militar estadual. Entre os focos de estudo estão o volume de trabalho, remuneração dos servidores, eficiência, papel social e necessidade de sua manutenção. Se aprovada, a Comissão terá o prazo de 60 dias, prorrogável por igual período, para dar seu parecer.

Em Minas Gerais, um dos três estados brasileiros que possuem Tribunal Militar, o órgão consome R$ 30 milhões por ano, para julgar pouco mais de 300 processos. “Exatamente por isso, justifica-se a realização de um estudo para se apurar se as remunerações recebidas pelos magistrados e servidores da Justiça Militar estão em conformidade com os princípios da legalidade, moralidade e eficiência”, disse o deputado Alencar da Silveira Jr.

De acordo com as denúncias feitas pelo deputado Sargento Rodrigues, há funcionários técnicos recebendo até R$ 87 mil por mês. Em seu pronunciamento, foi citanto nominalmente os servidores e informando seus respectivos salários que variam de R$ 27 mil a R$ 87 mil.

Segundo o deputado Alencar, diversos estudos indicam que a manutenção da Justiça Militar é injustificável no regime democrático estabelecido pela Constituição de 1988. “Esses estudos apontam que o julgamento de crimes cometidos por policiais militares por membros da própria corporação, serve para proteger policiais em ações criminosas”.  

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