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Desde que foi instalada, a TV Assembléia mudou bastante a rotina do Legislativo mineiro. A visibilidade oferecida pelas câmeras de televisão já gerou disputas entre os deputados, entre oposição e governo, e é motivo até de discretas reclamações dos servidores, incomodados com a duração muito maior dos discursos e pronunciamentos parlamentares quando a transmissão é ao vivo. De acordo com o deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT), para acabar com a ciumeira entre os parlamentares, foi necessário o diretor de jornalismo da TV criar um mapa para medir o quanto cada deputado está aparecendo na telinha. “Todos têm que aparecer igual, senão dá briga. Com exceção do presidente, esse tem que aparecer mesmo”, revelou.
Alencar sabe do que está falando. Ex-radialista, liderou a campanha pela criação da TV Assembléia, há dez anos. Muitos brincam que ele é o “pai” da emissora. No congresso, obteve o apoio do deputado federal Virgílio Guimarães (PT-MG), que se empenhou na concessão para o Legislativo, na década passada. Agora, o monitoramento da televisão é atribuição do primeiro vice-presidente da Assembléia, cargo ocupado pelo deputado Rêmolo Aloise (PSDB). É uma função cobiçada. Ao contrário das demais atividades jornalísticas da Casa, a cobertura televisiva é terceirizada.
Um dos episódios em que governo e oposição se engalfinharam por causa da TV Assembléia aconteceu em junho, quando foi interrompida a transmissão de uma audiência pública que discutia investimento em saúde. A oposição atribui a interrupção às críticas que vinham sendo feitas à política do governo estadual para o setor. “Primeiro passaram a transmitir a sessão da Comissão de Fiscalização Financeira. Só que ele acabou logo, e botaram no ar uma reprise de um programa sobre artesanato”, afirmou o deputado Rogério Correia (PT). O presidente da Assembléia, Mauri Torres (PSDB), repudiou as acusações de censura.
Fonte: Jornal Estado de Minas
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