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Anel Viário Contorno Norte deve ser obra prioritária para Estado
Por: 01 de Dezembro de 2005 em: Notícias

A urgência na construção do Anel Viário Contorno Norte, como forma de desafogar o tráfego intenso em Belo Horizonte e desenvolver a região norte da Capital, foi defendida na Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembléia Legislativa. A reunião foi solicitada pelo deputado Alencar da Silveira Jr (PDT), que pediu uma discussão de alternativas para diminuir o tráfego em Belo Horizonte, o excesso de veículos de carga que passam pela cidade e o perigo a que está exposta a população ao longo do anel rodoviário.

 

Técnicos foram unânimes em declarar o esgotamento do anel rodoviário de Belo Horizonte, que conta com 27 quilômetros, como via de tráfego pesado. Todos lembraram os inúmeros problemas dessa via, como: o prejuízo financeiro de sua manutenção, de R$ 62 milhões/ano; e os 1.200 acidentes por ano, com 24 mortes no ano passado e 25 este ano, até novembro. Os números foram apresentados pelo diretor do Instituto Horizontes, Teodomiro Diniz Camargo, também vice-presidente da Federação das Indústrias (Fiemg).

 

O Instituto Horizontes, Oscip que vem se dedicando ao estudo da gestão metropolitana de Belo Horizonte há seis anos, foi o responsável pela apresentação da proposta do anel norte à comissão. O estudo já tem projeto básico de engenharia, que está na Feam, para licenciamento prévio. O projeto foi feito pela firma Contecnica, a pedido do Dnit. O Anel Viário Contorno Norte, segundo este projeto, teria 64,34 quilômetros, ao custo estimado hoje em R$ 400 milhões, e atingiria Betim, Contagem, Ribeirão das Neves, Pedro Leopoldo, Vespasiano, Santa Luzia e Sabará. Teria pista dupla com duas faixas cada, com acostamento de três metros e canteiro central de 21 metros. O novo contorno desafogaria 40% do tráfego pesado no anel de Belo Horizonte, que hoje é de 75 mil veículos/dia. Os dados foram apresentados pelo diretor técnico do Instituto Horizontes, Rodrigo Andrade.

 

Os dois representantes da Oscip e o diretor-presidente da empresa Enecon (Engenheiros, Economistas e Consultores S.A.), Elzo Jorge Nassaralla, enfatizaram a importância do anel como forma de acessibilidade da população da região norte aos serviços sociais como saúde e educação e como vetor de desenvolvimento dos municípios daquela região, como Ribeirão das Neves, o menor PIB do Estado. Além disso, destacaram que a obra irá beneficiar quatro milhões de pessoas, reestruturando 36% do PIB mineiro, concentrado nos municípios que seriam atingidos pela obra.

 

Projeto tem recursos internacionais e federais

 

A boa notícia da reunião foi dada pelo representante do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (Dnit), Hilton Alvarenga. Ele garantiu que a obra tem recursos internacionais e do governo federal garantidos. "Mas há dois anos o projeto básico está em estudo na Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), para licenciamento prévio. Por isso, eu peço a ajuda dos deputados, da sociedade e da Assembléia para que a licença prévia seja liberada e o processo possa caminhar", apelou Alvarenga.

 

O presidente da comissão, deputado Leonardo Quintão (PMDB), destacou que irá encaminhar ofício à Feam pedindo informações sobre o licenciamento e fazer todos os esforços de voltar a discutir o assunto no próximo ano, durante seminário sobre elaboração do Plano Diretor Metropolitano. "Vamos colocar a construção do Anel Viário de Contorno Norte como prioridade para o desenvolvimento de extensa área da região Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte", disse.

 

A redefinição dos critérios de regiões metropolitanas é ponto essencial para se definir o momento de construção do anel norte, segundo avaliação do autor do requerimento da reunião, deputado Alencar da Silveira Jr. De acordo com o deputado, a RMBH ficou esquecida ao longo de governos passados e agora, com as novas discussões do tema, haverá possibilidade de se incluir a defesa de uma obra que beneficie vários municípios.

 

O representante da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas, Ramon Vítor César, destacou que o anel norte deve ser visto numa visão macro de integração latino-americana, já que, se construído, será a ligação da rodovia do Mercosul, que pararia em Belo Horizonte, com o Vale do Aço. O representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, Gustavo Gomes Machado, enfatizou que existem recursos de governos europeus, como o espanhol, para estudos de desenvolvimento das cidades. Representantes das prefeituras de Pedro Leopoldo e Santa Luzia manifestaram irrestrito apoio à construção do anel.

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação da Assembléia Legislativa

 

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