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A proposta da Prefeitura de Belo Horizonte de desativar a Feira Coberta do Padre Eustáquio para construir o centro administrativo da Regional Noroeste será discutida na Comissão do Trabalho da Assembléia Legislativa. Comerciantes da feira entregaram ao Presidente da Comissão, deputado Alencar da Silveira Jr, um abaixo-assinado contra o projeto que prejudicará dezenas de famílias. Além disso, os comerciantes reivindicam a revitalização do espaço. Com um fluxo diário superior a duas mil pessoas, a Feira Coberta emprega trinta e oito famílias, gera mais de quinhentos empregos indiretos.
Em reunião com os comerciantes no mês passado, o deputado afirmou que irá levar o assunto para a Assembléia Legislativa e se comprometeu a intervir politicamente contra a desativação da feira. "A população está do lado dos comerciantes, a feira coberta é um local tradicional de Belo Horizonte e não pode ser tratada com esse descaso. Um exemplo de diferencial dos serviços prestados pelos comerciantes da Feira Coberta é o antigo caderninho de fiados. Vou lutar por essa causa e, se for preciso, vou marcar uma reunião com Pimentel para brigar pelo direito adquirido dos comerciantes", afirma.
Com medo do prejuízo que pode tomar, Gladstone Santos, que a mais de 20 anos tem um bar na feira, conta que pegou um empréstimo num banco para financiar a reforma de seu estabelecimento e hoje paga as parcelas com medo de ser colocado para fora de seu local de trabalho. "Gastei dinheiro do meu próprio bolso e financiei uma outra parte para reformar meu boxe e a prefeitura não me deu nenhuma contrapartida ou algum tipo de abono pelo investimento no imóvel".
Até o momento, nenhum comerciante recebeu qualquer notificação por escrito da prefeitura a respeito do início, da duração e do termino das obras. Existem aqueles que afirmam já terem ouvido falar que as obras começariam em até 60 dias. "Ninguém da prefeitura nos procurou, eles estão fazendo tudo por debaixo dos panos para nos pegar de surpresa. Sem os nossos boxes, como nós vamos nos sustentar", afirma Marcelo Sérgio.
Os comerciantes tentam buscar também na justiça uma alternativa que garanta a permanência no local e para isso foi criada uma comissão. Eles defendem que a Feira Coberta é um negócio viável e necessário a toda população. "Nossa Feira Coberta tem mais de vinte anos de existência, toda a população dos bairros Padre Eustáquio e Carlos Prates fazem compras aqui. Tenho clientes que saem lá do bairro Santo Antônio para virem comprar meus produtos", conta Alessandro Silva.
Hoje, o aluguel pago por um boxe na Feira Coberta gira em torno de R$ 400,00 mensais.
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